Em vez de metas de redução de gases de efeito estufa, o Brasil deve ter uma carta de intenções que mostraria o "esforço voluntário" para combater o aquecimento global, como a redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020 e ações nos setores industriais e da agroindústria. Ao fim de mais uma reunião ministerial ficou claro que o País caminha para levar uma proposta sem definição de metas de redução de emissão de gases à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, no próximo mês.
A reunião de ontem entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sete ministros, representantes de ministérios, da delegação que vai a Copenhague e do setor de energia elétrica, destinada a buscar um consenso para a proposta brasileira, avançou pouco. Os ministros preferiram pedir mais tempo e marcar um novo encontro, no dia 14.
Consenso mesmo só quanto à redução da derrubada da floresta amazônica, o que poderá alcançar 20% menos de emissões em 2020. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, informou que sua pasta incentivará o plantio direto de grãos em substituição ao arado, a recuperação de 50 milhões de hectares de áreas degradadas e o fim da queima da palha da cana-de-açúcar na colheita a partir de 2018. São objetivos que podem reduzir as emissões.
O Ministério do Desenvolvimento informou que lutará pelo selo "aço verde", fazendo com que as siderúrgicas só usem o carvão vegetal, com reposição de 100% das árvores.
CREDIBILIDADE
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que chefiará a delegação brasileira em Copenhague, disse que dificilmente será definida uma meta de redução de emissões na próxima reunião ministerial. "Pode ser que no dia 14 a gente não apresente o número diretamente, mas apenas as medidas, até porque o número tem de ter credibilidade." A ministra falou explicitamente em proposta que formaria um "esforço voluntário do Brasil". Dilma estava ao lado do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que defende meta de redução de emissão de gases de 40% e crescimento econômico de 4% ao ano até 2020, uma forma de segurar os gases de efeito estufa. Dilma não concorda. A candidata à sucessão de Lula defende crescimento de 5% a 6% ao ano. Isso, reconheceu a ministra, poderá fazer com que as emissões aumentem um pouco.
Na área de produção de energia, o Brasil se considera o melhor. Tabelas do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, indicam que, no setor elétrico, o País lidera o ranking dos que menos emitem gases do efeito estufa. Nesse quesito, enquanto o Brasil é responsável por 2,5% das emissões, os EUA respondem por 22% e União Europeia por 9%. Porém, quando são avaliadas as emissões totais, o Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores emissores - e o desmatamento tem o maior peso.
Apesar de a reunião de ontem não ter estabelecido metas, Minc se disse muito otimista quanto à proposta brasileira. Ele evitou falar em porcentuais. "Não dá para falar ainda. Mas tenho certeza de que o Brasil apresentará a proposta mais avançada entre todos os países em desenvolvimento." Eufórico com o que acha que vai conseguir com Lula e seus colegas, chegou a profetizar: "O Brasil vai salvar Copenhague". Mesmo se não apresentar metas, mas só uma carta de intenções ou esforço voluntário, o Brasil pode ter vantagens sobre outros países em desenvolvimento. A China, por exemplo, não quer se comprometer com números nem propostas.
http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/11/04/pais+deve+abandonar+meta+ambiental+9015912.html
LETREIRO
WWF
domingo, 8 de novembro de 2009
Quase 90% da madeira extraída no PA tem origem ilegal
Segundo um estudo realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no Pará, cerca de 90% da madeira extraída no Estado é explorada sem autorização legal, segundo afirma o jornal Folha de S. Paulo deste domingo.
Segundo o jornal, é a primeira vez que é feita uma estimativa sobre a retirada de madeira ilegal no País, uma vez que até o momento não era clara a quantidade extraída ilegalmente.
Os dados levantados pelo relatório da Imazon são oriundos de imagens de satélite de 2007 e 2008 e mostrariam atividades ilegais, até mesmo, na retirada de madeira legalizada.
Segundo o engenheiro florestal André Monteiro, co-autor da pesquisa, disse à Folha, "fica claro que o Estado não tem controle fiscal suficiente da extração". A ONG pretende ainda comparar os dados com o total de madeira retirada em cada região do Pará, para estimar o volume da extração clandestina.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4088487-EI8139,00-Quase+da+madeira+extraida+no+PA+tem+origem+ilegal.html
Segundo o jornal, é a primeira vez que é feita uma estimativa sobre a retirada de madeira ilegal no País, uma vez que até o momento não era clara a quantidade extraída ilegalmente.
Os dados levantados pelo relatório da Imazon são oriundos de imagens de satélite de 2007 e 2008 e mostrariam atividades ilegais, até mesmo, na retirada de madeira legalizada.
Segundo o engenheiro florestal André Monteiro, co-autor da pesquisa, disse à Folha, "fica claro que o Estado não tem controle fiscal suficiente da extração". A ONG pretende ainda comparar os dados com o total de madeira retirada em cada região do Pará, para estimar o volume da extração clandestina.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4088487-EI8139,00-Quase+da+madeira+extraida+no+PA+tem+origem+ilegal.html
Minc busca acordo para regularização ambiental de médios e grandes proprietários rurais
Leila Suwwan
BRASÍLIA - Um dia após a derrota do lobby ruralista na Câmara, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, voltou a defender o Código Florestal e afirmou que o debate está emperrado devido aos interesses dos grandes fazendeiros. Segundo ele, já existe acordo para resolver a situação de 95% dos proprietários rurais. Porém, essas terras representam apenas 23% da terra agriculturável do país.
A idéia é que uma Medida Provisória seja editada para permitir que propriedades de até 150 hectares possam contabilizar as chamadas APPs (áreas de proteção permanentes, como encostas e margens de rios) como parte de suas reserva legais. Essas reservas variam de 20% a 80% das propriedades.
- Onde há desacordo, o presidente Lula é quem decide. Tá na hora de Meio Ambiente e Agricultura darem os braços para produzir mais e preservar mais. Não podemos transformar isso em uma guerra eleitoral - disse Minc. Ele se disse confiante de que o presidente não cederá aos ruralistas.
Além disso, Minc defendeu a manutenção do prazo de 11 de dezembro para o cadastramento das reservas das fazendas e lembrou que sua pasta já apresentou uma proposta de decreto presidencial que dá 180 dias, a partir da notificação de um fiscal sobre a situação irregular, para que o proprietário de terras se cadastrar no programa federal de recuperação ambiental.
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/05/minc-busca-acordo-para-regularizacao-ambiental-de-medios-grandes-proprietarios-rurais-914619879.asp
BRASÍLIA - Um dia após a derrota do lobby ruralista na Câmara, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, voltou a defender o Código Florestal e afirmou que o debate está emperrado devido aos interesses dos grandes fazendeiros. Segundo ele, já existe acordo para resolver a situação de 95% dos proprietários rurais. Porém, essas terras representam apenas 23% da terra agriculturável do país.
A idéia é que uma Medida Provisória seja editada para permitir que propriedades de até 150 hectares possam contabilizar as chamadas APPs (áreas de proteção permanentes, como encostas e margens de rios) como parte de suas reserva legais. Essas reservas variam de 20% a 80% das propriedades.
- Onde há desacordo, o presidente Lula é quem decide. Tá na hora de Meio Ambiente e Agricultura darem os braços para produzir mais e preservar mais. Não podemos transformar isso em uma guerra eleitoral - disse Minc. Ele se disse confiante de que o presidente não cederá aos ruralistas.
Além disso, Minc defendeu a manutenção do prazo de 11 de dezembro para o cadastramento das reservas das fazendas e lembrou que sua pasta já apresentou uma proposta de decreto presidencial que dá 180 dias, a partir da notificação de um fiscal sobre a situação irregular, para que o proprietário de terras se cadastrar no programa federal de recuperação ambiental.
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/05/minc-busca-acordo-para-regularizacao-ambiental-de-medios-grandes-proprietarios-rurais-914619879.asp
Engenharia Ambiental no TOPO!
Conheça as profissões que estarão em alta em cinco anos
Carolina Braga tem 18 anos e, desde pequena, adora catar lixo do chão, fazer trilha e ficar perto da natureza. Ela é aluna do 3º ano do ensino médio e quer ser engenheira ambiental. Carolina diz que pesquisou muito antes de escolher a carreira e que sua ambição é trabalhar em uma grande corporação:
Nanotecnologia é a profissão do futuro
- Minha ideia é fazer um trabalho, dentro das empresas, de redução do impacto ambiental provocado pelas suas atividades afins.
" Carreiras como nutrição e educação física terão seu espaço garantido (Andrea Guerra) "
A vocação da menina a levou a fazer a escolha certa. É o que pensam especialistas em recrutamento e seleção quando imaginam as possibilidades para aqueles que fazem vestibular e a prova do Enem este ano e estarão no mercado de trabalho, provavelmente, em 2014.
- Profissões ligadas ao meio ambiente que tenham o viés da sustentabilidade e favoreçam a responsabilidade social já estão e permanecerão em alta. As empresas e consultorias ambientais têm buscado biólogos, engenheiros florestais, engenheiros ambientais e agrônomos -- afirma Andrea Guerra, gerente da People and KPMG, empresa de recursos humanos.
Jaqueline Resch, diretora da Resch Recursos Humanos, explica que o investimento das empresas em ações de sustentabilidade e responsabilidade social está relacionada à melhora da imagem institucional:
-- Há empresas montando equipes de sustentabilidade que trabalham exatamente para diminuir o impacto ambiental nas áreas onde atuam.
Outra área em franca expansão é petróleo e gás, alavancada, especialmente, pelo avanço da tecnologia na área de exploração e consequente aquecimento do mercado.
- São geógrafos, oceanógrafos, engenheiros, profissionais da área de informática, enfim, profissões voltadas principalmente para o desenvolvimento da tecnologia de exploração de óleo e gás - aposta Jaqueline.
" Sempre digo aos jovens para analisarem seus interesses e escolherem a profissão não só em função da demanda (Jaqueline Resch) "
Tanto ela quanto Andrea concordam que profissões relacionadas à melhora da qualidade de vida e à saúde do idoso também ganharão espaço nos próximos anos.
- As pesquisas apontam para o envelhecimento da população - lembra Jaqueline.
Andrea completa:
- Além disso, vivemos em um país onde há preocupação com o corpo. Portanto, carreiras como nutrição, educação física, além das relacionadas à melhora da qualidade de vida, como engenharia genética, também terão seu espaço garantido.
Com a perspectiva da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas de 2016, o mercado de turismo e hotelaria tende a crescer. A cidade receberá turistas do mundo inteiro e precisará estar preparada com profissionais das áreas de serviço que falem, pelo menos, inglês e espanhol.
Além disso, em várias cidades do país e, especialmente, no Rio de Janeiro, que sediará as Olimpíadas, Andrea Guerra aposta que profissionais da área de infraestrutura serão muito requisitados, por causa das obras que serão realizadas até lá:
- Engenheiros civis, arquitetos e engenheiros de trânsito que possam repensar a malha viária, além de profissionais especializados em logística de eventos, terão mercado.
Ela acredita que os dois eventos podem abrir espaço para carreiras ligadas à preparação física, como fisioterapia e medicina esportiva.
Embora as tendências de mercado tenham que ser consideradas na escolha da profissão, Jaqueline aconselha aos jovens que olhem atentamente para seus próprios talentos:
- É importante ter alternativas, pois o mercado é dinâmico. Sempre digo aos jovens para analisarem seus interesses e escolherem a profissão não só em função da demanda.
http://oglobo.globo.com/educacao/vestibular/mat/2009/10/26/conheca-as-profissoes-que-estarao-em-alta-em-cinco-anos-913040489.asp
Carolina Braga tem 18 anos e, desde pequena, adora catar lixo do chão, fazer trilha e ficar perto da natureza. Ela é aluna do 3º ano do ensino médio e quer ser engenheira ambiental. Carolina diz que pesquisou muito antes de escolher a carreira e que sua ambição é trabalhar em uma grande corporação:
Nanotecnologia é a profissão do futuro
- Minha ideia é fazer um trabalho, dentro das empresas, de redução do impacto ambiental provocado pelas suas atividades afins.
" Carreiras como nutrição e educação física terão seu espaço garantido (Andrea Guerra) "
A vocação da menina a levou a fazer a escolha certa. É o que pensam especialistas em recrutamento e seleção quando imaginam as possibilidades para aqueles que fazem vestibular e a prova do Enem este ano e estarão no mercado de trabalho, provavelmente, em 2014.
- Profissões ligadas ao meio ambiente que tenham o viés da sustentabilidade e favoreçam a responsabilidade social já estão e permanecerão em alta. As empresas e consultorias ambientais têm buscado biólogos, engenheiros florestais, engenheiros ambientais e agrônomos -- afirma Andrea Guerra, gerente da People and KPMG, empresa de recursos humanos.
Jaqueline Resch, diretora da Resch Recursos Humanos, explica que o investimento das empresas em ações de sustentabilidade e responsabilidade social está relacionada à melhora da imagem institucional:
-- Há empresas montando equipes de sustentabilidade que trabalham exatamente para diminuir o impacto ambiental nas áreas onde atuam.
Outra área em franca expansão é petróleo e gás, alavancada, especialmente, pelo avanço da tecnologia na área de exploração e consequente aquecimento do mercado.
- São geógrafos, oceanógrafos, engenheiros, profissionais da área de informática, enfim, profissões voltadas principalmente para o desenvolvimento da tecnologia de exploração de óleo e gás - aposta Jaqueline.
" Sempre digo aos jovens para analisarem seus interesses e escolherem a profissão não só em função da demanda (Jaqueline Resch) "
Tanto ela quanto Andrea concordam que profissões relacionadas à melhora da qualidade de vida e à saúde do idoso também ganharão espaço nos próximos anos.
- As pesquisas apontam para o envelhecimento da população - lembra Jaqueline.
Andrea completa:
- Além disso, vivemos em um país onde há preocupação com o corpo. Portanto, carreiras como nutrição, educação física, além das relacionadas à melhora da qualidade de vida, como engenharia genética, também terão seu espaço garantido.
Com a perspectiva da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas de 2016, o mercado de turismo e hotelaria tende a crescer. A cidade receberá turistas do mundo inteiro e precisará estar preparada com profissionais das áreas de serviço que falem, pelo menos, inglês e espanhol.
Além disso, em várias cidades do país e, especialmente, no Rio de Janeiro, que sediará as Olimpíadas, Andrea Guerra aposta que profissionais da área de infraestrutura serão muito requisitados, por causa das obras que serão realizadas até lá:
- Engenheiros civis, arquitetos e engenheiros de trânsito que possam repensar a malha viária, além de profissionais especializados em logística de eventos, terão mercado.
Ela acredita que os dois eventos podem abrir espaço para carreiras ligadas à preparação física, como fisioterapia e medicina esportiva.
Embora as tendências de mercado tenham que ser consideradas na escolha da profissão, Jaqueline aconselha aos jovens que olhem atentamente para seus próprios talentos:
- É importante ter alternativas, pois o mercado é dinâmico. Sempre digo aos jovens para analisarem seus interesses e escolherem a profissão não só em função da demanda.
http://oglobo.globo.com/educacao/vestibular/mat/2009/10/26/conheca-as-profissoes-que-estarao-em-alta-em-cinco-anos-913040489.asp
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