LETREIRO


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WWF

domingo, 8 de novembro de 2009

País deve abandonar meta ambiental

Em vez de metas de redução de gases de efeito estufa, o Brasil deve ter uma carta de intenções que mostraria o "esforço voluntário" para combater o aquecimento global, como a redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020 e ações nos setores industriais e da agroindústria. Ao fim de mais uma reunião ministerial ficou claro que o País caminha para levar uma proposta sem definição de metas de redução de emissão de gases à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, no próximo mês.
A reunião de ontem entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sete ministros, representantes de ministérios, da delegação que vai a Copenhague e do setor de energia elétrica, destinada a buscar um consenso para a proposta brasileira, avançou pouco. Os ministros preferiram pedir mais tempo e marcar um novo encontro, no dia 14.

Consenso mesmo só quanto à redução da derrubada da floresta amazônica, o que poderá alcançar 20% menos de emissões em 2020. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, informou que sua pasta incentivará o plantio direto de grãos em substituição ao arado, a recuperação de 50 milhões de hectares de áreas degradadas e o fim da queima da palha da cana-de-açúcar na colheita a partir de 2018. São objetivos que podem reduzir as emissões.

O Ministério do Desenvolvimento informou que lutará pelo selo "aço verde", fazendo com que as siderúrgicas só usem o carvão vegetal, com reposição de 100% das árvores.

CREDIBILIDADE

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que chefiará a delegação brasileira em Copenhague, disse que dificilmente será definida uma meta de redução de emissões na próxima reunião ministerial. "Pode ser que no dia 14 a gente não apresente o número diretamente, mas apenas as medidas, até porque o número tem de ter credibilidade." A ministra falou explicitamente em proposta que formaria um "esforço voluntário do Brasil". Dilma estava ao lado do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que defende meta de redução de emissão de gases de 40% e crescimento econômico de 4% ao ano até 2020, uma forma de segurar os gases de efeito estufa. Dilma não concorda. A candidata à sucessão de Lula defende crescimento de 5% a 6% ao ano. Isso, reconheceu a ministra, poderá fazer com que as emissões aumentem um pouco.

Na área de produção de energia, o Brasil se considera o melhor. Tabelas do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, indicam que, no setor elétrico, o País lidera o ranking dos que menos emitem gases do efeito estufa. Nesse quesito, enquanto o Brasil é responsável por 2,5% das emissões, os EUA respondem por 22% e União Europeia por 9%. Porém, quando são avaliadas as emissões totais, o Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores emissores - e o desmatamento tem o maior peso.

Apesar de a reunião de ontem não ter estabelecido metas, Minc se disse muito otimista quanto à proposta brasileira. Ele evitou falar em porcentuais. "Não dá para falar ainda. Mas tenho certeza de que o Brasil apresentará a proposta mais avançada entre todos os países em desenvolvimento." Eufórico com o que acha que vai conseguir com Lula e seus colegas, chegou a profetizar: "O Brasil vai salvar Copenhague". Mesmo se não apresentar metas, mas só uma carta de intenções ou esforço voluntário, o Brasil pode ter vantagens sobre outros países em desenvolvimento. A China, por exemplo, não quer se comprometer com números nem propostas.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/11/04/pais+deve+abandonar+meta+ambiental+9015912.html

Quase 90% da madeira extraída no PA tem origem ilegal

Segundo um estudo realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no Pará, cerca de 90% da madeira extraída no Estado é explorada sem autorização legal, segundo afirma o jornal Folha de S. Paulo deste domingo.

Segundo o jornal, é a primeira vez que é feita uma estimativa sobre a retirada de madeira ilegal no País, uma vez que até o momento não era clara a quantidade extraída ilegalmente.

Os dados levantados pelo relatório da Imazon são oriundos de imagens de satélite de 2007 e 2008 e mostrariam atividades ilegais, até mesmo, na retirada de madeira legalizada.

Segundo o engenheiro florestal André Monteiro, co-autor da pesquisa, disse à Folha, "fica claro que o Estado não tem controle fiscal suficiente da extração". A ONG pretende ainda comparar os dados com o total de madeira retirada em cada região do Pará, para estimar o volume da extração clandestina.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4088487-EI8139,00-Quase+da+madeira+extraida+no+PA+tem+origem+ilegal.html

Minc busca acordo para regularização ambiental de médios e grandes proprietários rurais

Leila Suwwan

BRASÍLIA - Um dia após a derrota do lobby ruralista na Câmara, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, voltou a defender o Código Florestal e afirmou que o debate está emperrado devido aos interesses dos grandes fazendeiros. Segundo ele, já existe acordo para resolver a situação de 95% dos proprietários rurais. Porém, essas terras representam apenas 23% da terra agriculturável do país.

A idéia é que uma Medida Provisória seja editada para permitir que propriedades de até 150 hectares possam contabilizar as chamadas APPs (áreas de proteção permanentes, como encostas e margens de rios) como parte de suas reserva legais. Essas reservas variam de 20% a 80% das propriedades.

- Onde há desacordo, o presidente Lula é quem decide. Tá na hora de Meio Ambiente e Agricultura darem os braços para produzir mais e preservar mais. Não podemos transformar isso em uma guerra eleitoral - disse Minc. Ele se disse confiante de que o presidente não cederá aos ruralistas.

Além disso, Minc defendeu a manutenção do prazo de 11 de dezembro para o cadastramento das reservas das fazendas e lembrou que sua pasta já apresentou uma proposta de decreto presidencial que dá 180 dias, a partir da notificação de um fiscal sobre a situação irregular, para que o proprietário de terras se cadastrar no programa federal de recuperação ambiental.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/05/minc-busca-acordo-para-regularizacao-ambiental-de-medios-grandes-proprietarios-rurais-914619879.asp

Engenharia Ambiental no TOPO!

Conheça as profissões que estarão em alta em cinco anos

Carolina Braga tem 18 anos e, desde pequena, adora catar lixo do chão, fazer trilha e ficar perto da natureza. Ela é aluna do 3º ano do ensino médio e quer ser engenheira ambiental. Carolina diz que pesquisou muito antes de escolher a carreira e que sua ambição é trabalhar em uma grande corporação:
Nanotecnologia é a profissão do futuro

- Minha ideia é fazer um trabalho, dentro das empresas, de redução do impacto ambiental provocado pelas suas atividades afins.

" Carreiras como nutrição e educação física terão seu espaço garantido (Andrea Guerra) "

A vocação da menina a levou a fazer a escolha certa. É o que pensam especialistas em recrutamento e seleção quando imaginam as possibilidades para aqueles que fazem vestibular e a prova do Enem este ano e estarão no mercado de trabalho, provavelmente, em 2014.

- Profissões ligadas ao meio ambiente que tenham o viés da sustentabilidade e favoreçam a responsabilidade social já estão e permanecerão em alta. As empresas e consultorias ambientais têm buscado biólogos, engenheiros florestais, engenheiros ambientais e agrônomos -- afirma Andrea Guerra, gerente da People and KPMG, empresa de recursos humanos.

Jaqueline Resch, diretora da Resch Recursos Humanos, explica que o investimento das empresas em ações de sustentabilidade e responsabilidade social está relacionada à melhora da imagem institucional:

-- Há empresas montando equipes de sustentabilidade que trabalham exatamente para diminuir o impacto ambiental nas áreas onde atuam.

Outra área em franca expansão é petróleo e gás, alavancada, especialmente, pelo avanço da tecnologia na área de exploração e consequente aquecimento do mercado.

- São geógrafos, oceanógrafos, engenheiros, profissionais da área de informática, enfim, profissões voltadas principalmente para o desenvolvimento da tecnologia de exploração de óleo e gás - aposta Jaqueline.

" Sempre digo aos jovens para analisarem seus interesses e escolherem a profissão não só em função da demanda (Jaqueline Resch) "

Tanto ela quanto Andrea concordam que profissões relacionadas à melhora da qualidade de vida e à saúde do idoso também ganharão espaço nos próximos anos.

- As pesquisas apontam para o envelhecimento da população - lembra Jaqueline.

Andrea completa:

- Além disso, vivemos em um país onde há preocupação com o corpo. Portanto, carreiras como nutrição, educação física, além das relacionadas à melhora da qualidade de vida, como engenharia genética, também terão seu espaço garantido.

Com a perspectiva da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas de 2016, o mercado de turismo e hotelaria tende a crescer. A cidade receberá turistas do mundo inteiro e precisará estar preparada com profissionais das áreas de serviço que falem, pelo menos, inglês e espanhol.

Além disso, em várias cidades do país e, especialmente, no Rio de Janeiro, que sediará as Olimpíadas, Andrea Guerra aposta que profissionais da área de infraestrutura serão muito requisitados, por causa das obras que serão realizadas até lá:

- Engenheiros civis, arquitetos e engenheiros de trânsito que possam repensar a malha viária, além de profissionais especializados em logística de eventos, terão mercado.

Ela acredita que os dois eventos podem abrir espaço para carreiras ligadas à preparação física, como fisioterapia e medicina esportiva.

Embora as tendências de mercado tenham que ser consideradas na escolha da profissão, Jaqueline aconselha aos jovens que olhem atentamente para seus próprios talentos:

- É importante ter alternativas, pois o mercado é dinâmico. Sempre digo aos jovens para analisarem seus interesses e escolherem a profissão não só em função da demanda.

http://oglobo.globo.com/educacao/vestibular/mat/2009/10/26/conheca-as-profissoes-que-estarao-em-alta-em-cinco-anos-913040489.asp

domingo, 27 de setembro de 2009

Carta à senadora Marina Silva

No dia 25 de Setembro de 2009, a Senadora Marina Silva recebeu o membro do Centro Acad. de Engenharia Ambiental, Diego Loiola para um almoço onde foram discutidos: sustentabilidade como desafio do séc. XXI, juventude e meio ambiente. O estudante Diego aproveitou para entregar uma carta para a senadora e reivindicar a atuação dos eng. ambientais.




Ex.ma. Senadora Marina Silva,
Vivemos um momento de extremas dificuldades na história da civilização humana. Todas as experiências, os erros já cometidos e as crises vivenciadas tanto no presente, quanto no passado não nos serviram de lição. A crise que vivemos hoje é uma crise muito mais profunda que a crise do capital financeiro. Vivenciamos a crise dos valores e da ética. Ainda lutamos contra um modelo velho e arcaico de desenvolvimento que faz com que homens, mulheres, crianças e nossos recursos naturais sejam explorados indiscriminadamente. É uma luta difícil e desgastante. Porém, nós, jovens estudantes do curso de Engenharia Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará não desistimos de lutar. Optamos pelo comprometimento de colaborar nas transformações sociais. Queremos fazer com que nossa sociedade seja mais justa, saudável e igualitária. Para isso é indispensável que tomemos a sustentabilidade como modelo a ser seguido. A utopia não pode parar. O que seria de um indivíduo sem sua capacidade de sonhar? Nós, como jovens estudantes nos empenhamos diariamente na causa ambiental, que é a causa da humanidade e nos deparamos a todos os instantes sendo feridos em nosso direito pleno de exercer nossa futura profissão. O Engenheiro Ambiental, assim como diversos profissionais dos diferentes ramos da engenharia está devidamente regulamentado no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), porém é comumente desqualificado e oprimido por um regime que beneficia a elite tradicional deste conselho. Nós, futuros engenheiros ambientais, que estudamos desde as bases às complexidades dos sistemas de saneamento fomos recentemente proibidos de assinar projetos de construção de aterros sanitários. O engenheiro ambiental, mais do que qualquer engenheiro compreende as relações naturais dos recursos bióticos e abióticos, não se limitando a enxergar fatores isolados, mas as interações existentes nos contextos ambientais e sociais que cotidianamente são desrespeitadas. Nós, estudantes de Engenharia Ambiental nos sentimos desmotivados todas as vezes que somos deslegitimados dentro do nosso próprio campo de atuação. Estamos fazendo um trabalho admirável dentro de nossa Universidade. Formamos coletivos jovens de meio ambiente para atuarem com as comunidades, realizamos blitz ambientais e seminários para repensar os modelos que vivemos. Ainda sim temos um futuro de incertezas. Quais mais direitos nos serão vetados?
Mas os acontecimentos de ultimamente nos têm trazido bastante alegria. Escutamos um nome ecoar dos jovens e esse nome é Marina Silva. Nos renovamos na esperança do projeto de um modelo de desenvolvimento onde não hajam opressores e oprimidos, onde haja sustentabilidade. Estamos juntos para colaborar neste novo tempo de transformações. Acreditamos e confiamos na sua luta, pois ela é a luta de todos nós, pois quem planta boas idéias, planta para a eternidade.
Atenciosamente,
Estudantes de Engenharia Ambiental do IFCE.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Anfavea divulga a sua lista de poluição dos carros

Montadoras contestam dados do Ministério do Meio Ambiente.
Instituição nega que álcool seja mais poluente que a gasolina.

Em resposta à divulgação do ranking dos veículos mais poluidores do Brasil, realizada na semana passada pelo Ministério do Meio Ambiente, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou em seu site oficial os dados de índice de poluição dos veículos fornecidos pelas montadoras.

A associação explica que os valores de emissões informados nas tabelas são os da homologação, pelo Ibama, dos veículos leves em comercialização no Brasil, e consideram a deterioração de 80 km quilômetros de uso, conforme fatores estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Em nota, a Anfavea diz que a publicação dos valores de emissões tem caráter informativo e recomenda não comparar os modelos de veículos, "tendo em conta a complexa ponderação dos gases de escapamento emitidos pelos veículos e os fatores de deterioração utilizados na homologação". A instituição que representa os fabricantes repudia a versão de que o uso do etanol pelos motores flex provoca uma poluição maior do que o uso de gasolina.



Veja como economizar combustível e reduzir a emissão de poluentes

"No caso do dióxido de carbono CO2, um dos gases de efeito estufa, o uso de etanol combustível reduz seu efeito na natureza, uma vez que o ciclo da lavoura canavieira no Brasil compensam a emissão desse gás", afirma a Anfavea.

Na semana passada, o Ministério do Meio Ambiente divulgou um ranking de poluição dos carros segundo os critérios adotados pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve/Ibama. A lista reuniu 250 modelos com motores a álcool e gasolina e compara seus níveis de emissões de CO², óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos, esses últimos responsáveis por 99% da poluição veicular. Cada modelo recebe a chamada “Nota Verde” em uma escala de 0 a 10. O cálculo da Nota Verde envolve a média das emissões de três gases poluentes (monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio), medidos em testes de produção e comparados aos valores máximos de emissões permitidos em legislação específica do Proconve.

Veja a lista divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente

Na compilação dos dados feita pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), com base em informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), na média, ao verificar a emissão da frota de 2008, os carros flex que usam álcool emitiram mais monóxido de carbono (0,71 grama por quilômetro) do que os que utilizam gasolina (0,51 grama por quilômetro). Em relação aos aldeídos, que ajudam na formação do ozônio - principal preocupação em áreas urbanas como São Paulo -, os carros a álcool em geral emitiram quase oito vezes mais.

Em resposta, a Anfavea afirmou que os modelos flex representam quase 90% das vendas de veículos novos, e que a realização dos testes de emissão dentro da linha de produção pode distorcer os resultados. "O veículo ainda não foi amaciado, o que gera alta dispersão dos resultados; a média de emissão, em consequência, é mais alta, quando comparada ao veículo homologado e em campo", diz nota da entidade. A insituição criticou os critérios do Ministério do Meio Ambiente em realizar testes em veículos pesados de uma mesma "família" de carros e atribuir o resultado a todos os modelos desta linha.

Nokia é a empresa tecnológica mais sustentável do mundo

A Nokia foi eleita a empresa tecnológica mais sustentável do mundo, segundo um índice do Dow Jones Sustainability Indexes (DJSI), anunciou esta segunda-feira a empresa.

Já há vários anos que o maior fabricante mundial de telemóveis se encontrava nos primeiros lugares do ranking de sustentabilidade na Europa segundo o índice DJSI, mas só este ano atingiu o topo, noticia a agência Efe.

Para o director financeiro da Nokia, Rick Simonson, esta é «uma grande conquista» que reflecte o compromisso da empresa com as práticas sustentáveis e o meio ambiente.

«Vamos continuar o compromisso nestas áreas, porque actuar de forma responsável não só é correcto, como também é, sem dúvida, o melhor para o nosso negócio», afirmou Simonson.

O DJSI mede o grau de sustentabilidade e responsabilidade corporativa das principais empresas mundiais.

domingo, 30 de agosto de 2009

Video do trote ecológico 2009.2

http://www.youtube.com/watch?v=ZfZfQplAiq8

Caminhão movido a eletricidade é apresentado pela FIAT



O futuro chegou aos pesados
Iveco inaugura uma nova era ao produzir o primeiro caminhão elétrico do país
Da redação

A Iveco e a Usina de Itaipu apresentaram nesta semana, em Foz do Iguaçu (PR), o Daily Elétrico - o primeiro caminhão do Brasil movido à energia 100% limpa e renovável. O protótipo foi desenvolvido em parceria pelas duas empresas com o objetivo de explorar as possibilidades da utilização da energia elétrica no transporte de carga e de passageiros.

O modelo escolhido para receber a propulsão à energia elétrica foi o Iveco Daily 55C, que na versão elétrica, ganhou o nome de 55C/E. Como um chassi cabine-dupla, ele tem uma configuração muito usada por empresas distribuidoras de energia, como é o caso das empresas parcerias no projeto (Eletrobrás, ANDE, Copel, Cemig e Light).

O Daily Elétrico é equipado com três baterias Zebra Z5 (Zeolite Battery Research Africa Project), considerada a melhor bateria para esta aplicação disponível no mercado. Elas são acopladas a um motor elétrico de corrente alternada, trifásico, controlado por um inversor de potência e refrigerado a água.

O propulsor elétrico gera 40kW (54 cv) de potência nominal e torque de 13,5 kgfm a 2.950 rpm com pico de potência a 80 kW (108 cv) e torque máximo de 30,5 kgfm. A tração é traseira. Com esse conjunto, o Daily Elétrico tem velocidade máxima eletronicamente limitada a 70km/h, com força para arrancar em rampas de até 18%.

Baterias. A autonomia das baterias completamente carregadas é de 100 km. Elas não precisam ser retiradas para serem recarregadas, a operação é feita por meio de três tomadas de 220V/16A. Por não possuir efeito memória, elas não viciam.

O tempo de recarga das baterias é de oito horas e, segundo a Iveco, a tecnologia poderá ser futuramente aplicada em qualquer versão do Iveco Daily, seja chassi-cabine, furgão ou chassi de ônibus. Ainda de acordo com a montadora, a vida útil das baterias é de cerca de 1.000 ciclos (cargas).

Ao contrário das outras baterias elétricas, a Zebra também não libera hidrogênio (gás inflamável) quando em recarga, permitindo uma operação de recarga mais segura.

Planos
Produção. As primeiras dez unidades produzidas do Daily Elétrico serão entregues para a Usina de Itaipu. Para 2010, um segundo protótipo elétrico está planejado, só que em outra configuração do Daily.

Desempenho. O propulsor elétrico do modelo gera até 108 cv de potência e atinge 85 km/h
Desempenho. O propulsor elétrico do modelo gera até 108 cv de potência e atinge 85 km/h
Tecnologia
Caminhão possui KERS como na F-1

O Daily Elétrico utiliza a tecnologia KERS, que recupera a energia cinética gerada nas freadas, de forma semelhante ao sistema hoje utilizado em algumas equipes da Fórmula 1, como a Ferrari, que também faz parte do Grupo Fiat.

Em um veículo normal, a desaceleração (provocada pela ação dos freios) gera calor, que é completamente desperdiçado. No Daily Elétrico, este calor é transformado em energia elétrica e vai para as baterias. Assim, o caminhão amplia a carga elétrica disponível. Essa característica faz do modelo um veículo ideal para o trânsito urbano, onde o para e anda é frequente.

A caixa de direção eletro-hidráulica foi igualmente idealizada para consumir menos energia. Próximo ao comando do ar-condicionado, o Daily Elétrico traz um mostrador digital para indicar, por exemplo, a carga, a corrente e a voltagem das baterias.

Jogo rápido
Autonomia. O protótipo do Daily Elétrico é equipado com baterias à base de sódio, níquel e cádmio, com autonomia de 100 km.

Ecológicas. Após seu descarte, as baterias são totalmente recicláveis, com todos os componentes podendo ser posteriormente reaproveitados em diversos processos industriais.
Publicado em: 30/08/2009

sábado, 29 de agosto de 2009

1º Ambirifest, a calourada da Engenharia Ambiental do IFCE.

Bons ventos

O tema da energia é atualmente central na agenda estratégica de todas as nações mundiais. Dela depende a sustentação do crescimento das economias, bem como o equilíbrio ambiental.

Dentre as fontes geradoras, a energia eólica é tida como uma das mais promissoras fontes naturais, principalmente porque é renovável. É percebida como a energia ambientalmente mais sustentável e popularmente mais acessível, podendo garantir 10% das necessidades mundiais de eletricidade até 2020, criar 1,7 milhão de novos empregos e reduzir a emissão global de CO2 na atmosfera em mais de 10 bilhões de toneladas.

Razão pela qual a capacidade mundial de geração desta fonte aumentou 28,8%, em 2008, atingindo 120,8 GW - energia suficiente para fazer 500 milhões de televisores funcionarem ao mesmo tempo.

Na América Latina, a energia eólica representa menos de 1% da capacidade mundial existente. O Brasil tem o maior destaque, com cerca de 60% da capacidade instalada, equivalente a 400 MW. A marca ainda está distante do elevado potencial eólico existente no País, que pode alcançar 143 GW, comumente aceitos ou, mesmo, 300 GW, segundo estimativas mais recentes.

Entendo que o País tem, por isso, todas as condições de partida - pelo menos a mais importante, que é possuir um abundante recurso eólico - para se tornar um dos possíveis líderes mundiais neste tipo de fonte.

Esta vantagem brasileira deve-se, em grande parte, ao Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que, apesar das suas restrições iniciais, como a imposição de um índice de nacionalização de difícil atendimento pela reduzida oferta de equipamento nacional, é responsável pelo início do crescimento do segmento eólico no Brasil.

A eólica é complementar à energia hidrelétrica e essa complementaridade pode significar economia de água nos reservatórios das grandes hídricas. A eólica pode permitir que se evite o despacho das térmicas emergenciais (a óleo combustível) que, além da emissão de gases de efeito estufa, têm um custo muito elevado. Um estudo da professora Leontina Pinto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostra que a disponibilização de 600 MW médios de eólicas permitiria poupar aproximadamente R$ 4 bilhões no despacho de térmicas, no período de 2009 a 2011.

Entretanto, análises da consultoria PSR e da ABEEólica demonstraram que o custo da energia eólica já é hoje comparável ao das usinas térmicas. Ou seja, a energia eólica está progressivamente ganhando competitividade.

A abundância de água no Brasil justifica que até hoje a prioridade dos governos tenha recaído no desenvolvimento da hídrica, cujos custos de implantação por MW são, por ora, inferiores aos da energia eólica. Mas a matriz energética brasileira terá de ser progressivamente diversificada com outras formas de energia, para além da água. A eólica tem aí um papel fundamental.

A realização do primeiro leilão específico para a energia eólica é um passo concreto na direção certa. Este será o início de um programa de longo prazo, que sinalizará para os investidores, operadores, fabricantes de materiais e prestadores de serviços uma aposta oficial, firme, no desenvolvimento deste segmento.

Porém, a sua consolidação requer metas de longo prazo, claras e ambiciosas que deverão ser refletidas no plano oficial para o setor, que à data de hoje prevê apenas 5000 MW de capacidade eólica em 2030. O que é claramente pouco em face das evidências internacionais e do potencial brasileiro. E, ainda, requer regulação específica para o setor, que clarifique as regras do jogo e que evite os movimentos especulativos, que afastam os potenciais investidores de longo prazo.

Feito isto, é deixar o mercado funcionar e trabalhar para que nos próximos dez a 20 anos o Brasil ascenda a uma posição cimeira no mercado de energia eólica. Acredito que tem todas as condições para o efeito.

António Pita de Abreu é presidente da EDP no Brasil.

Dinheiro público ajuda a produzir energia suja

O Brasil ainda tem a matriz energética mais limpa do mundo entre os países desenvolvidos e emergentes, mas esse quadro pode mudar com a política adotado pelo governo de incentivar o uso de fontes mais poluentes e não renováveis de geração. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou em Brasília que as usinas termoelétricas aumentaram suas emissões de CO2 (principal gás de efeito-estufa), de 1994 para 2007, em 122%. Passou de 10,8 milhões de toneladas para 24 milhões de toneladas de CO2 no período.

Há dias, Mercado Carbono procurou saber a razão de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar uma dessas usinas que, além de usar uma matéria-prima não-renovável (carvão mineral), vai utilizar produto importado. O banco destinou R$ 1,4 bilhão para a construção de uma termoelétrica em São Gonçalo do Amarante, Ceará, que entrará em operação em 2012. O BNDES alega que o custo de implantação do projeto é de cerca de R$ 4.200 por KW de capacidade instalada, enquanto uma unidade eólica é de cerca de R$ 5.000 por KW e de cogeração a bagaço de cana, R$ 2.500 por KW instalado. "Ressalte-se que, tanto no caso das unidades eólicas como no caso das de cogeração a bagaço de cana, o fator de capacidade, ou seja, a geração efetiva de energia elétrica por KW instalado é bastante inferior (cerca de 30% e 60%, respectivamente), quando comparado com o de uma termelétrica a carvão (cerca de 90%)", procuraram justificar os técnicos do banco.

Além da alegada diversificação da matriz energética (mesmo que mais suja), o banco informa que "a usina será construída utilizando modernas técnicas de engenharia e equipamentos, adotando tecnologias de queima limpa", como queimadores de baixo NOx, instalação de filtros dessulfurizadores com calcário (FGD) para controlar a emissão de SO2, e de precipitadores eletrostáticos.

Para o ministro do Meio Ambiente, a matriz energética brasileira continua muito limpa, porque ainda é muito baseada em hidrelétricas, mas há um aumento significativo das termoelétricas. Para ele, é preciso incentivar a energia eólica e solar e impedir o aumento das termoelétricas.

O meio-ambiente e as responsabilidades empresariais

O meio-ambiente e as responsabilidades empresariais
Escrito por AZ | Brasil Assessoria & Comunicação
Sáb, 29 de Agosto de 2009 09:15

Apesar de o Estado ter a responsabilidade de fiscalizar, as empresas precisam se adequar à nova realidade e cultura: de proteção ambiental

“A responsabilidade sócio ambiental tem se tornado um elemento cada vez mais importante quando se trata de competitividade para os negócios. Atualmente, empresas dos mais diferentes setores e portes investem em ações ambientais e têm percebido retorno positivo em uma “classificação da imagem” no mercado. A afirmação é do advogado Armando Char, da Penteado Mendonça Advocacia, especializado em relações de consumo e empresariais. Ele explica que o meio-ambiente é um direito coletivo, pois é necessário que esteja ecologicamente equilibrado e sustentável para que a vida se desenvolva com qualidade. Com isso, é dever do Estado a fiscalização por danos ambientais. No Brasil, em 1981 foi editada a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938), criando o regime da responsabilidade civil objetiva pelos danos causados ao meio-ambiente. “Em linhas gerais, a existência de uma ação lesiva e o de dano à natureza e o nexo de causalidade entre ambos já é o suficiente para a configuração do dever de reparação”, comenta o advogado. Inclusive, abrindo precedente na Justiça sobre o tema, a recente decisão do ministro Humberto Martins, do STJ, sustentou que em caso de omissão do órgão estadual na fiscalização da outorga da licença ambiental, cabe ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) o dever de exercer o poder de polícia administrativa, distinguindo as competências de licenciar e fiscalizar as atividades empresariais que possam degradar o meio-ambiente.

Além disso, avaliando a necessidade de se investir ainda mais no combate à degradação do meio-ambiente, o Tratado de Kyoto previu a compensação dos créditos de carbono e, curiosamente, o Brasil possui 15% dos totais de créditos disponíveis para venda. Todavia, a legislação vigente e as compensações ainda estão longe de produzir resultados positivos, mesmo no Brasil. Armando Char cita o impacto ambiental da indústria sucro-alcooleira e da soja. Segundo ele, há legislações sobre esses temas, mas ainda são pouco difundidas na sociedade. No Estado de São Paulo, por exemplo, há a resolução da Secretaria Estadual do Meio Ambiente segundo a qual é proibida a queima de cana-de-açúcar das 6h às 22h. “Todavia, essa resolução é muito desrespeitada, especialmente, no interior do Estado, motivo pelo qual há inúmeros litígios judiciais sobre o tema”, explica Armando Char ponderando que por conta disso muitos municípios têm proibido, por meio da edição de leis, a queimada da cana, como é o caso de Botucatu e Barretos. A lei de Botucatu, inclusive, foi objeto de disputa acirrada no Tribunal de Justiça de São Paulo, que reconheceu a constitucionalidade da legislação pelo fato de o município ter competência para legislar sobre o assunto. No Estado, a queima da palha da cana é regulamentada pela Lei 11.241/03, que estabelece que esse processo deverá ser substituído, de forma gradativa, em 30 anos.

“A pressão mundial para que as empresas adotem medidas de proteção ao meio ambiente está fazendo com que elas reformulem suas estratégias competitivas, incluindo a variável ambiental. A produção agrícola – cada vez mais desenvolvida do ponto de vista econômico, sendo denominada ‘agrobusiness’ – não está excluída dessa nova realidade e tem de se adequar, já que é responsável por parte significativa da degradação ambiental”, diz Armando Char salientando a necessidade de as empresas se adequarem às legislações e adotar políticas que protejam o meio-ambiente, até mesmo contratando seguros que possam protegê-las de eventuais danos ambienta

Governo poderá pagar a quem não desmatar

BRASÍLIA - O governo estuda a criação de um projeto para pagar uma verba anual aos proprietários de áreas de floresta que evitarem o desmatamento. Batizado pelo ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) de "bolsa carbono", o pagamento seria um incentivo econômico à conservação, baseado no valor do carbono que deixa de ser emitido com as derrubadas. Com isso, os donos seriam remunerados pela preservação geral de suas terras, mas a verba seria reduzida caso a área de mata comece a ser destruída. O pagamento da bolsa carbono não se limitaria à região amazônica.

Segundo Minc, estudos preliminares partem de um patamar de US$ 5 (cerca de R$ 10) por tonelada de CO² não emitido com a derrubada de árvores, mas esse número não está definido. Deve variar para cada bioma e por tipo de propriedade.

" É preciso mudar os conceitos. A floresta de pé tem que valer mais que a floresta derrubada "

- É preciso mudar os conceitos. A floresta de pé tem que valer mais que a floresta derrubada. Hoje, derrubar vale mais e não é punido. O crime é rápido, simples e barato. Fazer o certo ainda demora, é caro e complicado. A coisa certa precisa ser remunerada, e o carbono tem valor. Por isso, estamos estudando a ideia do bolsa carbono - disse Minc.

Estudo é da época de Marina Silva como ministra

O estudo, que data da gestão Marina Silva na pasta, leva em conta um patamar inicial de emissões evitadas em nível nacional. A redução de desmatamento anual se traduz em toneladas de CO² que deixaram de ser emitidas, e viram uma cota para todos que participaram da conservação: governo, empresas, assentados etc.

" O reflorestamento e a manutenção são programas muito caros. Seria mais barato não cortar "

A título de exemplo, hoje haveria uma conta de 1,2 tonelada de carbono por hectare na região amazônica. O dono de uma área de mil hectares de floresta receberia pagamento relativo à sua cota: 1.200 tonelada. Porém, a opção de desmatar leva à redução da cota. A cada hectare destruído, haveria um abatimento de 366 toneladas. Neste exemplo, três hectares desmatados o fariam perder todo o pagamento, inclusive para os próximos anos. Se o desmatamento for ilegal, além de perder o incentivo, responderá pelo crime.

Esses créditos de carbono - técnicos do setor rejeitam o termo "bolsa" - seriam facilmente integrados a um mercado nacional de carbono, se ele vier a ser implantado. Dessa forma, o governo sequer pagaria os valores, que poderiam ser revertidos em créditos negociáveis.

Além de recursos do Tesouro, o Ministério do Meio Ambiente espera utilizar verba de fundos, a exemplo do Fundo da Amazônia, que já recebeu doação de US$ 1 bilhão da Noruega. Para convencer a área econômica, técnicos pretendem verificar se o resultado esperado será mais vantajoso para o governo. Serão comparados os custos da bolsa com os de repressão criminal, fiscalização e conservação.

- O reflorestamento e a manutenção são programas muito caros. Seria mais barato não cortar. Estamos fazendo cálculos com a Fazenda e descobrindo quanto se gasta com vigilância e conservação - disse Minc, acrescentando que, se for adiante, a implantação será gradual.

Além dessa iniciativa, o governo já deslanchou uma "bolsa floresta", que remunera serviços ambientais, como o reflorestamento. Está sendo implantada a bolsa de R$ 200 por mês para famílias em assentamentos ou pequenas comunidades na região amazônica, pelo projeto Arco Verde. O orçamento atual é de R$ 50 milhões.

Desmatamento reduziu participação nas emissões do país, diz Minc

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta quinta-feira que o desmatamento das florestas será responsável por uma parcela menor das emissões brasileiras de dióxido de carbono, principal gás que provoca o efeito estufa, por conta da queda do desmatamento e do aumento de outros tipos de emissões.

Apesar de ainda não ter dados oficiais, Minc afirmou que a participação da indústria e da queima de combustíveis fósseis nas emissões do país vai subir de 18 por cento em 1994 para cerca de 25 e 30 por cento.

"Florestas ainda serão o grande emissor. Não será mais 75 por cento como foi em 1994, mas seguramente cairá para algo entre 60 por cento", afirmou o ministro em coletiva de imprensa.

O Brasil quer tomar a liderança entre os países em desenvolvimento na temática da redução de emissões de gases que levam ao aquecimento global na reunião da Organização das Nações Unidas em Copenhague, em dezembro, que abordará especialmente este assunto.

"Vai ser mais expressiva a importância da atuação e do esforço de reduzir emissões relacionadas a energia e indústrias", disse o ministro.

Minc apresentou o relatório de estimativas de emissões atualizadas para o ano de 2007 de CO2 dos setores de energia e indústria. O estudo foi realizado pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do ministério.

Segundo o relatório -que também abarca os setores residencial, público e de transporte-, as emissões de CO2 nestes segmentos aumentaram 49 por cento no período de 13 anos. O nível de emissões da indústria variou 77 por cento.

De acordo com o ministério, esse relatório não representa um inventário de emissões no Brasil, o que ainda está sendo preparado.

Minc destacou que a matriz da energia elétrica brasileira continua sendo uma das mais limpas do mundo, pois se baseia em hidrelétricas. Mas ponderou que a energia elétrica "ficou mais suja", pois a sua geração a partir de termelétricas aumentou 71 por cento frente ao aumento de 122 por cento das emissões do gás.

"Fica bem evidente que é um setor que nós temos que olhar com cuidado", afirmou a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Suzana Kahn.

O setor de transportes também é um dos principais responsáveis por emissões, tendo aumentado 56 por cento de 1994 a 2007. O transporte rodoviário emite 90 por cento do total de CO2 emitido pelo setor, enquanto os transportes ferroviário, aéreo e hidroviário emitem os 10 por cento restantes.

Minc avaliou que é preciso fazer frente ao aumento de emissões no setor de transporte rodoviário com investimentos em carros flex e transporte público. O aumento na proporção de biodiesel no diesel e esforços na construção de hidrovias e ferrovias também foram considerados pelo ministro.

Segundo Minc, vai a voto no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) novas regras para a emissão de veículos leves e comerciais leves. Na esteira do transporte, também está sendo estudada a obrigatoriedade de inspeção e manutenção de carros em todos os Estados brasileiros.

(Reportagem de Ana Paula Paiva)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Empregos verdes

Há dez anos, quase ninguém ouvia falar em empregos verdes. Hoje, não se fala em outra coisa. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 1,5 milhão de brasileiros realiza atividades que contribuem, de alguma forma, para a redução de impactos ambientais. Desse universo, 500 mil trabalham com energias renováveis, 500 mil, com reciclagem, e o restante, em outros campos de atuação, como reflorestamento, construções sustentáveis e saneamento.

- As tecnologias verdes tendem a empregar mais do que as tradicionais. Para manter o aquecimento global controlado até 2050, será necessário investir 1% do PIB mundial por ano. Isso pode gerar dois bilhões de pessoas empregadas no mundo até lá - afirma Paulo Sérgio Moçouçah, coordenador do Programa de Trabalho Decente e Empregos Verdes da OIT Brasil.

As oportunidades de negócios, criadas por essa revolução verde, estão na pauta da 3ª edição do Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontecerá de terça a quinta-feira na PUC-SP. Segundo Cristina Montenegro, representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no Brasil, que falará sobre empregos verdes no evento, as oportunidades são vastas e cada vez mais numerosas:

- Ao mesmo tempo que as empresas buscam funcionários que estejam preparados para essa mudança de paradigma, o setor industrial requer profissionais que sejam capazes de viabilizar seus processos de forma mais limpa e ecologicamente correta.

Na corrida para se adequar a essa nova realidade, engenheiros, biólogos, geógrafos, administradores, economistas e até advogados largam na frente. Mas se você não se formou em nenhuma dessas carreiras e quer se aventurar nesse mercado, não se preocupe. Para atender à demanda cada vez maior das empresas e dos setores público e industrial, instituições de ensino estão criando cursos de especialização com ênfase em meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

A PUC-Rio, por exemplo, conta com uma ampla grade de cursos de especialização de 360 horas. Já a Fundação Getúlio Vargas (FGV) oferece MBAs e cursos de extensão, a distância, que desenvolvem temas ligados à responsabilidade socioambiental.

- De três anos para cá, a procura por essas especializações aumentou pelo menos 100%. Os profissionais estão em busca de melhores oportunidades - afirma Haroldo Lemos, professor de gestão ambiental e desenvolvimento sustentável da FGV.


Mercado sustentável sofre com a falta de profissionais qualificados

A reciclagem e os biocombustíveis são apontados como os setores que mais oferecem empregos verdes no Brasil. Mas não são as únicas. Reaproveitamento de resíduos, agricultura orgânica, biocosméticos, construções verdes e turismo ecológico também são setores fortes, segundo os especialistas.

- O potencial de geração de empregos verdes na construção civil pode chegar a 800 mil com a incorporação de novas tecnologias. O programa "Minha casa, minha vida", por exemplo, vai gerar 18 mil vagas em toda a cadeia produtiva. E o reflorestamento pode criar, apenas no Pará, cerca de 110 mil empregos por causa do projeto de regularização de propriedades fundiárias na Amazônia, aprovado recentemente pelo governo federal - exemplifica Paulo Sérgio Muçouçah, coordenador do Programa de Trabalho Decente e Empregos Verdes da OIT Brasil.

Ainda segundo a entidade, para cada emprego eliminado no setor de combustíveis fósseis, é possível criar dez novos na área de energias renováveis. Na UFRJ, o Programa de Planejamento Energético (PPE), da Coppe, faz pesquisas e oferece cursos de mestrado e doutorado que trabalham temas como fontes alternativas, uso racional de energia elétrica e emissões de gases de efeito estufa.

- A procura pelos cursos aumentou muito de dez anos para cá. Temos recebido alunos que não são de engenharia, como biólogos, geógrafos e até advogados. Muitos, mal terminam o mestrado ou o doutorado, já são convidados para trabalhar em grandes empresas, por salários que variam de R$8 mil a R$15 mil - conta a engenheira química Alessandra Magrini, professora do PPE.

Apesar de ainda ser cedo para identificar o surgimento de novas profissões por causa da revolução verde - a engenharia ambiental, regulamentada em 1994, por exemplo, é exceção - a mudança de paradigma tem estimulado a incorporação de novas habilidades por quem já está no mercado. Engenheiros de diferentes áreas, por exemplo, têm corrido atrás de especializações em meio ambiente para dar conta do recado.

- Quando há uma mudança radical no padrão tecnológico, o surgimento de novas profissões é inevitável. Mas esse processo ainda não se completou no país - diz Muçouçah.


Especializações adaptam os profissionais para o mercado

Formada em engenharia química pela Uerj, a carioca Priscila Zidan, de 30 anos, faz parte do time de profissionais que assimilaram novas funções para se adaptar às exigências do mercado verde. Para isso, ela apostou num MBA em gestão ambiental pela Funcefet e num mestrado em remediação de águas subterrâneas na Coppe. Hoje ela garante que os procedimentos realizados pela Haztec, companhia que oferece soluções integradas de sustentabilidade para outras empresas, estejam de acordo com normas relacionadas a saúde, segurança e meio ambiente, como a ISO 14.001, certificação mundial de gestão ambiental.

- Só fiz engenharia química na faculdade porque na época não existia engenharia ambiental. Por isso, investir em especializações foi fundamental. A cada emprego que eu passava, novos conhecimentos eram exigidos.

O Núcleo Interdisciplinar do Meio Ambiente (Nima) da PUC-Rio, por exemplo, conta com uma ampla grade de cursos complementares de 360 horas, como os de direito e engenharia urbana e ambiental, direcionado a advogados e engenheiros civis, respectivamente, que querem conhecer a legislação verde e trabalhar com energias sustentáveis, processos de reciclagem, criação de aterros sanitários e eliminação de resíduos, entre outros temas.

- Temos hoje mais de 150 disciplinas relacionadas a meio ambiente e sustentabilidade, que são ensinadas em cursos de diversas áreas de conhecimento - explica o geógrafo Luiz Felipe Guanaes, diretor do Nima.

Apesar do esforço das instituições de ensino em acompanhar a demanda do mercado, ainda há escassez de profissionais qualificados.

- Empresas que visam apenas ao lucro, ignorando as dimensões social e ambiental, não terão vida longa. A preocupação socioambiental está crescendo entre o meio, gerando uma grande oferta de vagas - afirma Fernando Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

Fonte: O Globo, Paula Dias, 02/ago

terça-feira, 4 de agosto de 2009

BEM VINDOS APROVADOS 2009.2!!!!!!!!

Sejam Bem Vindos, aprovados 2009.2, estamos felizes pela conquista de todos vocês e ansiosos em recebê-los.

O perigo da desinformação

Armando Bispo
04 Ago 2009 - 00h40min
Circulação de veículos na areia é comum no Porto das Dunas(Foto: MAURI MELO)

Polemizar e polarizar a discussão entre bugueiros, quadricicleiros, ralizeiros, banhistas e barraqueiros parece ser do interesse dos que não querem uma solução para o problema, não sabem o que é convívio racional e pacífico ou gostam de notícias fantasiosas, destituídas de fatos.

Bugueiros, ralizeiros, banhistas, nativos e barraqueiros só precisam de uma sensata mesa de negociação e diálogo para demonstrar ao poder público que o seu papel é estabelecer leis e fiscalização claras que satisfaçam o interesse comum, isto é, de todos, e não o de uma das partes.

A imprensa, por sua vez, pode ser mediadora e imparcial na apresentação dos fatos e da opinião das partes envolvidas. O que não aconteceu na reportagem “O perigo que vem das dunas”, publicada pelo O POVO no dia 30 de julho. Nela, ficaram estampadas a desinformação e a tendenciosa polarização do assunto, quando o perigo ganhou nome de 4x4 e quadriciclo, e a segurança absoluta se chamou de bugues “cadastrados”.

Embora seja totalmente a favor do honesto trabalho dos bugueiros, a reportagem destaca os alegados acidentes com quadriciclos e 4x4, como se não houvesse registros de acidentes e mortes com bugues em nossas orlas ou dunas. Seria bom lembrar que nem todo motorista de 4x4 é amador, assim como nem todo motorista de bugue é piloto credenciado pelas federações de automobilismo.

A irresponsabilidade alegada aos condutores de quadriciclos e 4x4 ficou também evidente na foto exibida na reportagem que mostra turistas sentados, fora da gaiola de proteção do bugue, sem cinto, sem encosto e sem nenhuma proteção. Aliás, já existem em nossas praias e dunas bugues com bancos e cintos traseiros, demonstrando que o profissionalismo também existe na classe bugueira.

A reportagem termina insinuando que o cearense não tem o direito de contemplar as belezas das dunas no seu carro, moto ou quadriciclo, a não ser que pague pelo aluguel de um credenciado. Ainda mais, deixaram de publicar para aprendizado de todos nós a Lei Ambiental que, segundo o fiscal do Instituto do Meio Ambiente, diz: “É crime ambiental trafegar em dunas móveis”.

Se é crime, ninguém deveria agredir o meio ambiente marcando as dunas com idas e vindas diárias, nem bugues, nem quadriciclos, nem 4x4, nem 4x2, nem os nativos e seus jegues, suas camionetes 4x2 em Jericoacoara, suas motos etc. Se é crime ambiental, vamos todos conhecer as dunas, os lagos e os mangues, pelos cartões postais.

Ninguém quer ser taxado de criminoso, fora da lei ou irresponsável. Para isso, é preciso diálogo, conversa, fóruns, entendimento das partes, reportagens isentas e informativas mostrando as facetas e fatos de cada grupo envolvido. Legislação clara e legisladores isentos de influência econômica para buscar o interesse comum, o direito ao lazer ecologicamente correto, o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente.

Contêineres com lixo importado estão embarcados para devolução

"O Brasil não será a lata de lixo do planeta", reafirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que esteve em Rio Grande no último sábado, 1º, para acompanhar o embarque dos 40 contêineres com 740 toneladas de lixo doméstico e tóxico vindos da Inglaterra. A operação aconteceu no final da tarde no Terminal de Contêineres (Tecon) do Rio Grande. A saída do navio MSC Oriane, de bandeira panamenha, que irá transportar a carga de volta para o porto de Felixstowe, estava marcada para a manhã de ontem, 2, no entanto, devido ao mau tempo, precisou ser adiada. Até o final da tarde de ontem, ainda não havia previsão para a saída do navio.
Na chegada ao Tecon, o ministro Minc reuniu-se com o superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, o diretor Administrativo e Financeiro do porto rio-grandino, Daniel Silveira, representantes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), administração do Tecon Rio Grande, Receita e Polícia Federal, entre outras autoridades. Conforme Minc, o encontro foi preparatório para a reunião que acontece nesta terça-feira, 4, em Brasília, com as direções dos Ministérios do Meio Ambiente, Justiça e da Defesa, Secretaria dos Portos, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Rodoviária Federal, Anvisa e Receita Federal.
Após a reunião, Minc foi até o local onde estavam os contêineres com o lixo importado e concedeu uma entrevista coletiva à imprensa. Na ocasião, afirmou que a reunião em Brasília terá como objetivo identificar e superar as vulnerabilidades para que esse tipo de situação não volte a ocorrer no Brasil. “Seguramente essa não foi a primeira vez que aconteceu. No Rio de Janeiro e São Paulo, também houve entrada de carga ilegal, tóxica e de lixo hospitalar e doméstico”.
O segundo passo será analisar o passivo ambiental e observar o que entrou no país, o que já foi queimado ou enterrado. Conforme o ministro, a empresa que importou esses resíduos para o Brasil foi responsável pela entrada de centenas de contêineres no ano passado no País. “Vamos querer saber o que era essa carga e a destinação desses contêineres”, explica.
Ele afirmou que outros passos importantes a serem tomados será sinalizar a países, sobretudo, africanos e do Caribe, que eles estão recebendo milhares de toneladas de lixo dos países desenvolvidos como Estados Unidos e nações da Europa. A intenção é de também alertar fortemente os países desenvolvidos. Conforme o ministro, não é aceitável, às vésperas da reunião de Copenhague - quando será discutida a emissão de gases no planeta -, que os países ricos exportem para nações em desenvolvimento e pobres o seu lixo doméstico, hospitalar ou químico.
O ministro ressaltou também que nesta semana terá uma reunião com ministro do Clima dos Estados Unidos e o ministro do Meio Ambiente e Tecnologia da Inglaterra, que já estava programada com o objetivo de discutir ações para diminuir temperatura e efeito estufa. No entanto, ele pretende chamar a atenção para esse problema. “O Brasil pede que esses países reforcem seus controles e que impeçam que o seu lixo seja exportado para países como o nosso. Isso é uma prática ilegal e acaba contaminando o solo, a água e as pessoas. Isso é uma lógica perversa e o Brasil terá um papel de protagonismo em exigir uma mudança desse comportamento”. Ele salientou ainda que a ação fere a Convenção de Basileia, da qual Inglaterra e Brasil são signatários e que regulamenta a movimentação de resíduos perigosos entre os países e também fere a ética ecológica. E garantiu que o Brasil já entrou com uma representação contra a Inglaterra na Convenção de Basileia. “A gente já tem dificuldade em tratar o nosso lixo, só faltava a gente ter que tratar o dos países ricos. Eles precisam cuidar do seu quintal”, ressaltou.
Minc disse ainda que, durante a reunião preparatória em Rio Grande, ele anotou uma série de questões importantes, entre elas, a exigência de que todas as cargas deixem com a Receita Federal sua documentação e não apenas quando são vistoriadas, o que acontece em apenas 25% dos casos; a mudança na legislação atual que condena ao perdimento de cargas que tenham sido importadas ilegalmente. No caso de cargas tóxicas ou lixo doméstico, o Brasil é quem arca com o ônus; ampliar o controle das importações utilizando mais funcionários e também equipamentos como scanners, raio x, entre outros. O ministro do Meio Ambiente defendeu ainda a formação de um grupo de ação federal com a participação do Ibama e Anvisa nos portos. “São várias sugestões para diminuir a vulnerabilidade, como modificar a legislação, ampliar a eficácia do controle de portos, aeroportos e fronteiras secas também”, reforçou.
Antes de seguir para a Europa, o navio MSC Oriane fará escala no Porto de Santos onde deverá embarcar outros 41 contêineres com lixo inglês. A previsão é de que a embarcação chegue a Felixstowe entre os dias 20 e 21 deste mês.
Após o envio dessa carga, uma nova operação acontecerá no porto rio-grandino para embarcar as 150 toneladas de lixo que estão na Estação Aduaneira de Caxias do Sul. A carga aguarda a chegada de oito contêineres para ser novamente estufada (carregada) para posteriormente ser exportada.
Ao todo, o Brasil recebeu 89 contêineres com lixo inglês, aproximadamente 1,7 mil toneladas, que foram importadas como polímeros de etileno para reciclagem. Através de denúncia anônima, a Receita Federal descobriu que as cargas eram na verdade lixo tóxico e doméstico. No momento em que a carga foi descoberta, as cinco empresas envolvidas, no Rio Grande do Sul, foram multadas em R$ 408,8 mil cada.

Melina Brum Cezar

Energia limpa é tema na ManagemenTV no mês do meio ambiente

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Energia limpa é tema na ManagemenTV no mês do meio ambiente
04 de agosto de 2009 às 13:14
Por Cintia Beck - FSB Comunicações
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A ManagemenTV traz em agosto, dois programas voltados ao mês do meio ambiente. A série ‘Eco Energy’ apresenta em seis capítulos, veiculados todas às quintas-feiras às 21 horas, as surpreendentes e inovadoras transformações da área energética.

A série aborda o que se tem buscado de alternativa para o combustível fóssil, como o etanol brasileiro, a energia solar distribuída de Bangladesh e a energia eólica nos Estados Unidos.
O documentário ‘Etanol: o combustível que você pode plantar’, que vai ao ar dia 6/08 às 23h30, mostra os estudos feitos na área de desenvolvimento de combustíveis que usam insumos como cana-de-açúcar, açúcar e milho, qual o panorama para esse mercado e como o Brasil se destaca no segmento.

A ManagemenTV é o canal da HSM focado em gestão e negócios. É transmitida pela SKY/54 e TV Alphaville/73, e desde 21/07, passou a ser transmitido pela TVA/70 e Telefônica TV Digital/367. A sua grade combina programas que vão de talk shows a reality shows, passando por histórias reais do mundo dos negócios.

Campanha 'Saco é um saco', contra uso de sacolas plásticas, é lançada na Maré

RIO - A campanha nacional "Saco é um saco", para incentivar os consumidores a não usarem sacolas plásticas, que poluem o meio ambiente e não podem ser recicladas, foi lançada nesta segunda-feira na comunidade do Complexo da Maré. Estiveram presentes a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Durante o evento, os moradores trocaram sacolas plásticas, sobretudo as de supermercado, por bolsas feitas de pano e de material reutilizável. Só no Brasil, são consumidas 12 bilhões de sacolas plásticas ao ano e, cada brasileiro, usa em torno de 66 unidades por mês, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

A lei estadual 5.502/2009 foi sancionada no mês passado , obrigando estabelecimentos comerciais a substituírem, gradativamente, sacos plásticos por bolsas reutilizáveis. Pela nova lei, os supermercados também podem optar por oferecer desconto na compra de alimentos por cada saco plástico que o consumidor não levar ou então a trocar 1 kg de alimento por 50 sacos plásticos apresentados pelo consumidor.

- Descontos na compra de alimentos ou trocar poluição por comida é uma forma de estimular as pessoas a aderir à campanha. É fundamental esse trabalho, pois os sacos plásticos entopem as canalizações e poluem os nossos rios, agravando as enchentes. Além disso, levam anos para se deteriorarem - explicou a secretária Marilene Ramos.

A ecobarreira do Canal do Cunha foi o cenário escolhido para o lançamento da campanha por reter grande quantidade de lixo flutuante lançado em corpos hídricos: em média, 590kg de garrafas pet e 600kg de plástico, incluindo sacolas plásticas são retiradas por mês.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

INETI conclui Plano Nacional para a Prevenção de Resíduos

O Plano Nacional para a Prevenção de Resíduos está em fase final de elaboração pelo Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), devendo ser remetido muito em breve para a tutela para apreciação, de acordo com Paulo Partidário, coordenador da Unidade de Tecnologias de Prevenção e Reciclagem do INETI.

O especialista acredita que a versão final do plano deverá estar concluída no fim deste ano. O foco central do documento está em não considerar o resíduo apenas como resíduo. «Temos de ser mais responsáveis em termos sociais. Na última década tivemos um crescimento na ordem dos 30 por cento da produção de resíduos. Esta tendência tem de ser contrariada e para isso temos de educar o cidadão e sensibilizar. É o que se pretende com este plano», explicou Paulo Partidário, lembrando que há uma relação directa entre a produção de resíduos e o rendimento das famílias.

O objectivo do documento é reduzir a produção de resíduos, reduzir a perigosidade dos resíduos, hierarquizar os resíduos, propor metas e medidas de prevenção (específicas, abrangentes), e monitorizar com indicadores apropriados.

Agricultura: brasil detem 15% da água disponivel no mundo

SAFRAS (20) - Os brasileiros consomem cinco vezes menos água que os americanos. Dos recursos de água disponíveis no mundo, o Brasil detém 15% e usa 318 metros cúbicos de água per capita por ano.
Já nos Estados Unidos o gasto per capita de de água é de 1.600 metros cúbicos. Os dados são da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

As informações foram divulgadas pelo secretário extraordinário da Irrigação e Usos Múltiplos da Água, do governo do Rio Grande do Sul, Rogério Porto, durante palestra sobre Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável, no Seminário Nacional de Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável, que acaba hoje. As informações são do Mapa.

Bateria movida a ar pode guardar até 10 vezes mais energia

Poderá chegar um tempo em que irão cobrar pelo ar que a humanidade respira. Enquanto isso não acontece, a bateria movida a ar, noticiada pelo site CNET, pode ser uma idéia não só econômica, mas também ecológica. De nome Stair (St Andrews Air), ela promete ser tão leve quanto uma bateria de lítio tradicional, mas com capacidade para armazenar de cinco a 10 vezes mais energia do que sua concorrente atual.


Ao se descarregar, o oxigênio presente no ar penetra na peça e reage com um componente de carbono poroso presente em seu interior. Essa reação cria mais energia.

Uma bateria comum, composta de íons de lítio, contém um eletrodo negativo de grafite, um eletrodo positivo de óxido de cobalto e lítio e um eletrólito de sal de lítio. O vai e vem dos íons de lítio durante o carregamento e o descarregamento de uma bateria liberam elétrons para alimentar o aparelho ligado a ela, explicou o site New Scientist.

Segundo o site OhGizmo!, os criadores da bateria a ar afirmam que ela pode ser recarregada aproximadamente dez vezes mais do que as baterias atualmente disponíveis no mercado, e ainda pesar menos. A Stair poderia ser utilizada em laptops, celulares e até em carros elétricos, noticiou o blog de tecnologia e ciência do site Telegraph.

"Os benefícios são que ela é muito mais leve e muito menor, então é melhor para ser transportada junto a pequenos aparelhos", informou Peter Bruce, professor do Departamento de Química da Universidade de St. Andrews, aonde a Stair está sendo desenvolvida.

"O tamanho também é crucial para qualquer um que esteja projetando carros elétricos e que precisam manter o peso dele o menor que puderem", completa.

Bruce também alerta para o meio ambiente, que é menos prejudicado com sua bateria, e ainda previne o consumidor de ficar na mão. "Armazenamento também é importante para o desenvolvimento da energia verde. Você precisa armazenar energia porque as energias solar e eólica são intermitentes", disse. A nova tecnologia deve chegar ao mercado em cinco anos.

Siemens constrói usina de energia solar na Itália

Com foco em energia renovável, a Siemens Energy desenvolve projeto de usina de energia solar na Itália. A iniciativa faz parte de um contrato assinado com a Férrarelle SpA, empresa italiana de água mineral. Com capacidade de produção de 1 megawatt-pico (MWp), é construída a 50 quilômetros ao Norte de Nápoles, na região da Campanha. A companhia fornecerá, entre outras soluções, painéis formados por células fotovoltaicas, que transformam a energia solar em eletricidade.

O contrato, próximo a 5 milhões de euros, contemplou a elaboração e gestão do projeto e a construção da usina. A implementação das ações, no sistema turnkey (projeto ponta a ponta) inclui painéis solares, três inversores Siemens Sinvertsolar 340 kVA, transformador Geafol de 20 kV, obras estruturais e de apoio, além de todo o cabeamento da rede e conexão. O complexo abrange, aproximadamente, 16 mil metros quadrados, o que equivale à área de mais de três campos de futebol.

Os inversores fotovoltaicos, que são fabricados pela Siemens na Itália, convertem a corrente contínua produzida pelos módulos solares em corrente alternada. A partir de agora, a empresa de água poderá fornecer energia ecológica para o equivalente a cerca de 350 casas.

Há seis anos, a Siemens está focada no planejamento e execução de projetos turnkey, para o fornecimento de energia solar. As fábricas de células fotovoltaicas fazem parte do portfolio ambiental da Siemens, que inclui soluções para o tratamento de água e geração de energia eólica. Em 2008, as receitas provenientes de produtos e soluções ambientais da companhia foram de aproximadamente 19 bilhões de euros.

Siemens’ Energy Sector - O Setor Energy da Siemens é o fornecedor líder mundial de uma gama completa de produtos, serviços e soluções para a geração, transmissão e distribuição de energia e para a extração, conversão e transporte de petróleo e gás. No exercício de 2007 (encerrado em 30 de setembro de 2007, e preparado de acordo com o IFRS - International Financial Reporting Standard), o Setor Energy registrou receitas de aproximadamente €20 bilhões e novos pedidos totalizando cerca de €28 bilhões, tendo contabilizado um lucro de €1,8 bilhão. No início do exercício de 2008, o Setor Energy contava com 73.500 colaboradores. Todas as cifras representam a soma dos números não consolidados para os Grupos de Geração de Energia e Transmissão e Distribuição de Energia e para a Divisão de Soluções de Petróleo, Gás e Marítimas do Grupo Soluções e Serviços Industriais. No Brasil, o Setor Energy tem uma participação de 60% da base instalada de usinas de cogeração industrial, 40% de termelétricas, 50% de hidrelétricas e 100% de nuclear. Além disso, 30% das linhas de transmissão e distribuição do país contêm tecnologias e produtos Siemens. | www.siemens.com.br/energy.

domingo, 17 de maio de 2009

Descoberta alternativa de energia nuclear limpa

Um material muito mais pesado do que a água e com densidade maior do que a encontrada no interior do Sol está sendo pesquisado por cientistas no Departamento de Química da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

O estudo abre caminho para o desenvolvimento de uma fonte de energia que seja mais sustentável e ofereça menos riscos ao ambiente do que os sistemas atuais de produção de energia nuclear.

O material, chamado de deutério ultradenso, é uma variação do isótopo do hidrogênio com número de massa igual a 2.

Ele é tão pesado que um cubo de 10 centímetros de lado com o material pesaria 130 toneladas. Análises indicaram que a distância entre os átomos é maior do que na matéria comum.

Segundo os pesquisadores, o deutério ultradenso pode se mostrar um combustível muito eficiente na fusão nuclear a laser.

O estudo mostrou que é possível atingir a fusão entre núcleos de deutério por meio do uso de lasers de alta potência, processo que liberaria enormes quantidades de energia.

A maior dificuldade é comprimir o deutério congelado o suficiente para atingir a alta temperatura necessária para iniciar o processo de fusão.

O deutério comum, também chamado de hidrogênio pesado, é encontrado em grandes quantidades na água e vem sendo usado em reatores nucleares convencionais na forma de água pesada (D2O).

Pesquisa revela que consumidores estão prestando mais atenção ao meio ambiente

Os consumidores do planeta estão prestando mais atenção ao impacto de seu estilo de vida sobre o meio ambiente, uma mudança de comportamento estimulada pela crise econômica, que obrigou a população a revisar seus gastos com energia, indica uma ampla pesquisa divulgada nesta quarta-feira.

A revista National Geographic e o instituto de pesquisa Globescan realizaram pelo segundo ano consecutivo uma pesquisa, feita através da internet com 17.000 consumidores de 17 países, para avaliar o comportamento das pessoas em quatro áreas: moradia, transporte, alimentação e bens de consumo.

Índia, Brasil e China apresentaram as melhores pontuações no estudo, que criou um índice global batizado de "Greendex" ("Índice Verde", em uma tradução livre).

Americanos e canadenses representam o alerta vermelho da classificação em termos de impacto de seu estilo de vida e de consumo sobre o meio ambiente, enquanto espanhóis, alemães e franceses estão progredindo. Na Rússia e no México, a situação se deteriorou em relação aos resultados do ano passado.

A recessão econômica teve um papel importante para a mudança de hábito na maioria dos países, observaram os autores do estudo.

"Mas será que essas mudanças positivas no comportamento continuarão depois da recuperação econômica?", indagou Terry Garcia, vice-presidente da National Geographic. "Esperamos que as atitudes ecológicas que os consumidores adotaram para economizar passem a fazer parte de seu estilo de vida".

Ao todo, 80% das pessoas entrevistadas apontou a necessidade de uma redução de custos como principal razão para diminuir o consumo de energia.

A pesquisa consultou um milhão de pessoas na Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Japão, México, Rússia e Suécia.


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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sustentabilidade na cadeia produtiva

A Deloitte, uma organização empresarial que presta serviços de consultoria e auditoria, realizou uma pesquisa online para identificar as práticas, visões e preocupações das empresas em relação à sustentabilidade. O estudo revelou, entre outros aspectos, que o tema entrou na agenda das empresas, permeando todas as fases da cadeia produtiva e que o cenário da crise econômica não impactou as decisões de investimento da maior parte delas em relação às suas ações de sustentabilidade.

O relatório da pesquisa enfatiza: "Os resultados mostram que a adoção de práticas sustentáveis já está se impregnando em todas as etapas da cadeia produtiva. As empresas têm sido requeridas a mudar seus portfólios de produtos ou processos de produção por exigência de clientes ou consumidores, por questões de sustentabilidade. Os controles ambientais, assim como as exigências legais, também têm impacto importante sobre as atividades e a preocupação das empresas com a implantação de medidas sustentáveis".

O estudo foi apresentando na reunião da Câmara Internacional do Comércio, nas vésperas da edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial, que se realizou de 13 a 15 de abril. Responderam à pesquisa da Deloitte 115 empresas que atuam no País: 53% delas em segmentos da indústria, 45% em serviços e 2% em agropecuária. (Agência Envolverde)

terça-feira, 5 de maio de 2009

CMA debate redução de controle ambiental em obras em rodovias

A Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) deu início à audiência pública para debater as modificações no controle ambiental em projetos de infraestrutura, introduzidas quando da tramitação da MP 452/09 na Câmara dos Deputados.

Segundo o autor do requerimento para o debate, senador Renato Casagrande (PSB-ES), as modificações trouxeram um afrouxamento das regras de licenciamento ambiental em obras de reparo, melhoria e duplicação de rodovias federais, inclusive as que cortam a Amazônia.

Usina Angra 3 é retomada sem nova licitação

Canteiro de obras estava paralisado desde 1986

Paradas há 23 anos, as obras da Usina Angra 3 serão retomadas. Nenhuma licitação foi aberta. De acordo com informações publicadas na edição deste domingo do jornal Folha de São Paulo, a concorrência ganha pela construtora Andrade Gutierrez em 1983, no governo de João Baptista Figueiredo (1979-1985), foi renovada.

A falta de recursos públicos fez com que a construção tivesse de ser suspensa em 1986. Hoje, porém, a obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Estima-se que seu custo tenha saltado de US$ 1,8 bilhão para cerca de US$ 3,3 bilhões. A alta se deve à variação cambial, segundo a Eletronuclear, estatal subsidiária da Eletrobrás, responsável por operar e construir as usinas termonucleares no país.

O canteiro de obras de Angra 3 foi preservado ao custo de US$ 20 milhões por ano, pagos pelo governo.

Em entrevista à Folha, o engenheiro Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente da Eletronuclear, o governo brasileiro tem a obrigação legal de cumprir todos os acordos fechados para construir Angra 3, ainda que eles tenham sido assinados 26 anos atrás e estejam paralisados há décadas. Já a Andrade Gutierrez, que está entre os maiores doadores do PT, nega favorecimento.

sábado, 25 de abril de 2009

VII Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia Ambiental

O CAEAB - Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental da UFV e a ENEEA - Executiva Nacional dos Estudantes de Engenharia Ambiental têm a honra de convidá-los a participarem do VII ENEEAmb - Encontro Nacional dos Estudantes de Engenharia Ambiental a realizar-se entre os dias 26 de julho e 1º de agosto de 2009, no campus da UFV, em Viçosa - MG.
Para sua 7ª edição, o ENEEAmb traz o tema: “Engenheiro Ambiental: o que você quer ser quando crescer? - As múltiplas faces da profissão” e abre espaço para diversas discussões sobre a profissão, bem como capacitações, novidades da área e contatos importantes para estudantes, profissionais e empresas.
A programação é constituída por palestras, mesas-redondas, mini-cursos, visitas técnicas, oficinas e diversas atividades culturais e de integração.
A grande novidade do VII ENEEAmb é a criação do I CICEEA – Congresso de Iniciação Científica e de Extensão da Engenharia Ambiental que ocorrerá paralelamente ao VII ENEEAmb. Esta iniciativa visa dar a oportunidade de divulgação das pesquisas realizadas na área da engenharia ambiental, bem como os trabalhos de caráter extensionista desenvolvidos pelos futuros engenheiros ambientais.

O cenário: Viçosa, cidade universitária, cresceu em volta da UFV que dita seu ritmo econômico e social e o VII ENEEAmb vem pra sacudir a cidade no período das férias levantando a economia em recessão. E se você quer levar o ENEEAmb pra sua universidade em 2010, preparem suas propostas para a plenária que acontece no último dia do evento. Elaborem vídeos de apresentação institucional com o objetivo de mostrar um pouquinho do que vocês pretendem organizar para o o VIII ENEEAmb. Disputem esta oportunidade!

Primeiro celular movido a energia solar

A tradicional fabricante japonesa de produtos eletrônicos Sharp mais uma vez inova e anuncia para breve o lançamento do primeiro telefone celular com bateria que pode ser carregada com energia solar. O aparelho vai ser comercializado no Japão a partir de junho pela operadora de telefonia KDDI, a terceira maior empresa de telefonia celular do país. Já foi divulgado pela empresa que o novo telefone tem um painel solar que lhe permite carregar até 80% de sua bateria, o que representa uma grande redução das emissões de dióxido de carbono na atmosfera. Segundo a gigante oriental, para cada 10 minutos que o equipamento ficar exposto à luz solar, o usuário poderá conversar um minuto e mantê-lo ligado por duas horas no modo econômico. E mais: o novo telefone é mais resistente à água do que outros modelos. A Sharp ainda não divulga o preço que o aparelho chegará aos usuários, uma vez que essa questão deverá ficar a cargo da KDDI. Em fevereiro, a sul-coreana Samsung apresentou protótipo do seu primeiro aparelho com um painel solar para recarregar a bateria, o Blue Earth.

Internacional - Siemens recebe primeiro pedido de turbinas eólicas na Turquia

Contrato fechado com a Companhia de Geração de Energia da Turquia, EnerjiSA prevê a entrega, instalação, comissionamento e parte da construção civil de 13 turbinas eólicas SWT-2.3-101 – nova solução eólica da Siemens. Os equipamentos serão instalados em Çanakkale Mahmudiye – parque eólico na parte ocidental do Norte da Turquia. A conclusão está prevista para 2010.

O parque eólico será construído em uma velocidade média do vento local e é, portanto, o ajuste ideal para funcionamento das novas turbinas eólicas. A máquina é projetada para produzir mais energia com menos vento. Com um diâmetro de 101 metros, o rotor da nova SWT-2.3-101 tem uma área varrida de 8000 metros quadrados, o que equivale a um campo e meio de futebol.

A EnerjiSA tem como objetivo tornar-se líder com uma capacidade instalada de 5 mil megawatts em 2015. “A energia eólica no mercado turco irá crescer significativamente nos próximos anos e esse contrato marca a entrada da Siemens no País”, afirma Andreas Nauen, CEO de negócios de energia eólica da companhia.

A energia eólica é uma característica importante do portfolio ambiental da Siemens. Em 2008, as receitas provenientes de produtos e soluções ambientais da companhia foram de aproximadamente 19 bilhões de euros.

Siemens’ Energy Sector - O Setor Energy da Siemens é o fornecedor líder mundial de uma gama completa de produtos, serviços e soluções para a geração, transmissão e distribuição de energia e para a extração, conversão e transporte de petróleo e gás. No exercício de 2007 (encerrado em 30 de setembro de 2007, e preparado de acordo com o IFRS - International Financial Reporting Standard), o Setor Energy registrou receitas de aproximadamente €20 bilhões e novos pedidos totalizando cerca de €28 bilhões, tendo contabilizado um lucro de €1,8 bilhão. No início do exercício de 2008, o Setor Energy contava com 73.500 colaboradores. Todas as cifras representam a soma dos números não consolidados para os Grupos de Geração de Energia e Transmissão e Distribuição de Energia e para a Divisão de Soluções de Petróleo, Gás e Marítimas do Grupo Soluções e Serviços Industriais. No Brasil, o Setor Energy tem uma participação de 60% da base instalada de usinas de cogeração industrial, 40% de termelétricas, 50% de hidrelétricas e 100% de nuclear. Além disso, 30% das linhas de transmissão e distribuição do país contêm tecnologias e produtos Siemens. Para mais informações visite: www.siemens.com.br/energy.

Minc pede que países ricos reduzam emissão de CO2 em 25%

Roma, 24 abr (EFE).- O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, pediu hoje aos membros do Grupo dos Oito (G8, os sete países mais desenvolvidos e a Rússia) que reduzam suas emissões de dióxido de carbono (CO2) em 20% até 2017 e em 25% até 2022.

Minc pediu aos países desenvolvidos "maior empenho" dos países desenvolvidos contra a mudança climática, durante a reunião de encerramento da Cúpula do G8 Sobre o Meio Ambiente, na cidade siciliana de Siracusa.

O encontro terminou com sensações de otimismo entre os participantes pela mudança de atitude dos Estados Unidos, que passarão a regular as emissões de CO2.

Além dos países do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Rússia e Canadá, além da anfitriã, Itália), participaram como convidados Brasil, China, Índia, México, Indonésia, África do Sul, Austrália, Coreia do Sul e Egito.

Segundo o secretário do Meio Ambiente mexicano, Juan Rafael Elvira disse à agência Efe, a mudança americana serviu para preparar o caminho rumo à Conferência de Copenhague, em dezembro.

Elvira disse à agência Efe que a delegação mexicana pôs sobre a mesa a proposta de "Fundo Verde", pela que o México propõe que os países em vias de desenvolvimento não esperem a receber ajuda dos países ricos e empreendam o mais rápido possível a luta contra a mudança climática. EFE

sábado, 4 de abril de 2009

China terá que provar que pode crescer sem destruir meio ambiente, dizem analistas

A degradação ambiental foi um dos resultados do desenvolvimento acelerado da China desde a abertura econômica do país há 30 anos. Mas, para chegar a 2020 como liderança respeitada pelo, a China terá que provar ao resto do mundo que pode se desenvolver sem destruir o planeta.

O país se tornou recentemente o maior emissor mundial de dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global, ultrapassando os Estados Unidos.

O crescimento econômico também multiplicou a demanda do país por energia, grande parte dela altamente poluente. Hoje, a China é o maior consumidor de carvão, forma mais barata, mas também mais poluente, de obter energia.

Com isso, a China queima um quarto de todo o carvão no mundo, e depende dele para mais de dois terços de suas necessidades de energia.

O rápido crescimento também alterou hábitos chineses que terminavam preservando o meio ambiente. Hoje, nas cidades chinesas, as bicicletas perderam seu lugar como principal meio de transporte para os carros. Somente na capital do país, Pequim, a frota de veículos quase triplicou nos últimos dez anos, com mais de mil carros novos chegando às ruas a cada dia.

Alvo dos ambientalistasTudo isso fez do país um dos principais alvos dos ambientalistas em todo o mundo, que cobram da China a adoção de um modelo de desenvolvimento que leve em conta a proteção ambiental.Um dos principais pontos de crítica à China é a relutância do país em se comprometer com metas obrigatórias para a redução de suas emissões de gases do efeito estufa.

Nas discussões para o chamado acordo internacional pós-Kyoto para o combate às mudanças climáticas, a China admite a adoção de metas obrigatórias, mas condiciona isso a metas mais rígidas aos países desenvolvidos.

"A China não é mais um país fechado. Para manter seu crescimento econômico e sua posição como um ator importante no cenário internacional, precisa reconhecer o que os outros países estão dizendo sobre a China", afirma Tom Wang, porta-voz da ONG Greenpeace em Pequim.

Wang diz que o direito dos países em desenvolvimento crescerem deve ser respeitado, mas contesta a noção de que os danos ambientais são inevitáveis em uma economia em expansão como a China.

Segundo ele, o país perde anualmente entre 3% e 5% de seu PIB com os custos provocados pelos danos ambientais.

Danos

Os próprios chineses são as maiores vítimas dos danos ambientais causados pelo desenvolvimento do país.

Segundo dados do Banco Mundial, a China tem hoje 20 das 30 cidades mais poluídas do mundo. A cada ano, mais de 400 mil pessoas morrem em decorrência de doenças relacionadas à poluição.

Muitos dos rios do país estão poluídos por metais pesados, prejudicando o uso da água para irrigação ou contaminando a cadeia alimentar.

Cerca de um terço do território chinês é afetado pela chuva ácida provocada pela poluição, com um impacto direto na produção de alimentos.

O governo da China já começa a agir, principalmente por causa da ameaça que a degradação ambiental traz ao crescimento econômico do país.

As Olimpíadas de Pequim, no ano passado, serviram como uma grande vitrine para o governo chinês tentar mostrar ao mundo que está preocupado com o ambiente.

Todas as construções destinadas às competições contavam com itens como energia solar, mecanismos de captação da água da chuva e outras características "verdes".

Além disso, medidas como limitações às indústrias poluentes e um rodízio de carros que retirou de circulação metade da frota a cada dia, conseguiram o que parecia impossível: céu azul durante as duas semanas de competições.

As medidas adotadas durante as Olimpíadas, apesar de terem tido um alcance limitado, mostraram que o país é capaz de combater seus problemas ambientais se tiver vontade política.

Para o diretor do Banco Mundial na China, David Dollar, o país tem conseguido avanços nessa área, apesar de os problemas que enfrenta ainda serem sérios.

"Se tivéssemos esta conversa há um ano, diria que os problemas ambientais eram o maior desafio que a China enfrentava e a maior ameaça ao crescimento do país no longo prazo", diz.

"O que é menos conhecido, porém, é que tem havido muito progresso no campo ambiental nos últimos dez anos. A China é um dos poucos países do mundo que vem aumentando rapidamente sua cobertura florestal, tem conseguido reduzir a poluição do ar e também a poluição das águas", afirma Dollar.

Se o país conseguir realmente ampliar suas medidas de controle, alterar suas fontes de energia e conter suas emissões de poluentes, poderá até 2020 servir de exemplo para mostrar ao mundo que desenvolvimento econômico e proteção ambiental podem vir lado a lado.

Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

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Minc diz que novo código ambiental de Santa Catarina é inconstitucional

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta sexta-feira que não vai reconhecer o projeto de lei, aprovado na terça-feira pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que reduz o tamanho das florestas que devem ser preservadas nas margens dos rios e ajudam a evitar enchentes. Segundo Minc, o projeto é inconstitucional porque contraria o Código Florestal Brasileiro.

quinta-feira, 19 de março de 2009


A Hora do Planeta 2009. A sua chance de fazer algo útil e concreto.
Dia 28 de março de 2009 é um dia especial.
Especial porque você tem uma oportunidade efetiva de participar de um movimento pela preservação do meio ambiente de uma forma simples e utilizando a sua casa.
Como? Basta apagar as luzes por 1 hora apenas, 60 preciosos minutos.
A Hora do Planeta hoje um é um evento mundial que teve início em 2007 na cidade de Sidney, criado pelo WWF-Austrália como um movimento local para incentivar a população a ter uma atitude concreta diante do aquecimento global.
Em 2008 o movimento cresceu, registrando a participação de 35 países, 400 cidades e mobilizando 50 milhões de pessoas que apagaram as luzes durante uma hora.
Em 2009, o WWF-Brasil participa pela primeira vez da Hora do Planeta e pede a todos que divulguem essa iniciativa, um ato simbólico de reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.
As cidades que já aderiram, no Brasil, são:
• Rio de Janeiro - RJ
• Jumirim - SP
• São Geraldo do Araguaia - TO
• Cametá - PA
É uma proposta possível, em qualquer lugar do Planeta e para qualquer pessoa: basta apagar as luzes da sua casa no dia 28 de março de 2009, às 20:30 horas.

O futuro do trabalho é verde


Políticos alegam que é possível vencer a recessão e salvar o planeta com empregos do “colarinho verde”, como engenheiros e pesquisadores de novas energias e advogados de causas ambientais

Quem disse que dois problemas não podem virar uma solução? De um lado, temos o pior clima econômico da história; de outro, temos uma crise ambiental sem precedentes. O que acontece se misturarmos essas duas situações? O surgimento de empregos de “colarinho verde”.

Políticos de toda a parte encontram-se em verdadeiro embate para promover essa inovação trazida pela modernidade. De acordo com eles, podemos reduzir os efeitos das ameaças econômica e ambiental por meio da criação de um verdadeiro exército de trabalhadores de “colarinho verde”, encarregados da árdua tarefa de “descarbornizar” nossa economia.
Setor de imóveis terá papel relevante

Um dos setores-chave para a criação de empregos “verdes” é o mercado de residências – ironicamente, o mesmo que deu origem à crise atual. Há dois anos, o britânico Mark Lamble aposentou-se do exército após ter servido por 24 anos e ter atingido o posto de major. Usando o dinheiro da aposentadoria, treinou um assessor de energia elétrica residencial e trabalha com a emissão de certificados de performance energética residencial, exigidos pela legislação britânica, para proprietários que desejem vender suas casas. “Não sou um ecologista. Eu apenas avalio as residências e verifico os aquecedores de água e o isolamento térmico das paredes através de um teste de perda de calor. Quanto maior a nota no teste, menor a emissão de CO2 [gás carbônico] produzida pela residência”, diz Lamble.

Segundo ele, a desaceleração nas vendas de imóveis devido à crise econômica prejudicou seus negócios, mas a legislação energética britânica, implantada em outubro de 2008, foi a “salvação da lavoura”. “Não está sendo fácil. Eu estou longe de ganhar a mesma coisa que ganhava no exército, mas sei que este setor está em pleno crescimento e que este é o caminho a seguir”, prevê.

A observação de Lamble é sabia. O governo britânico deve anunciar em breve que uma em quatro casas em todo o Reino Unido terá de receber uma “cirurgia plástica ecológica” para diminuir as emissões de gases estufa e reduzir o consumo de combustíveis fósseis. O governo espera que a medida acabe por despertar uma enorme demanda por mão-de-obra qualificada para reformas, gerando milhares de novos empregos.

Apesar de a idéia parecer tentadora, vale a pena lembrar que agências de recursos humanos já vêm alertando os profissionais a terem currículos mais “verdes”. Uma pesquisa ano passado feita pelo site de empregos fish4jobs.co.uk descobriu que um terço dos empregadores recusam um candidato com credenciais ecológicas pobres.

Tradução: Thiago Ferreira

No mês passado, o secretário de negócios do Reino Unido, Peter Mandelson, estimou que 800 mil britânicos já estão empregados no que chama de “setor verde”, número que ele acredita ter grandes chances de aumentar em um futuro próximo. Poucos dias depois da estimativa ter sido realizada, David Cameron anunciou os planos do Partido Conservador britânico para construir uma “malha inteligente” e mais eficiente de distribuição de energia elétrica na Grã-Bretanha.

“Esta é uma das maneiras que encontramos para sair mais rápidamente da recessão. É assim que se criam empregos verdes, que se aceleram os investimentos em medidores inteligentes, fontes alternativas de energia e carros elétricos”, disse Cameron. No outro lado do Atlântico, o presidente norte-americano Barack Obama planeja criar 5 milhões de empregos de “colarinho verde” por meio de um plano de estímulo ecológico.

Marrom-sujeira

Mas o que exatamente é um emprego de “colarinho verde”? O que as pessoas devem fazer para conseguir um durante este período de aumento nas taxas de desemprego? O termo está sendo utilizado para descrever uma enorme variedade de postos de trabalho, alguns dos quais seriam mais bem descritos como sendo “marrom-sujeira” do que “verde radiante”, ilustrando atividades que vão deste o manejo de esterco até a pesquisa científica do uso energético do hidrogênio.

“É um mercado muito grande”, avalia Andy Cartland, diretor da Acre Resources, uma agência de recrutamento de Londres especializada em “empregos verdes” (ecológicos). “De forma geral, colarinho verde seria um tipo de emprego que almeja ter um impacto positivo sobre o meio ambiente ou a sociedade. Muitos desses empregos se concentram em reduzir o impacto ambiental de um projeto energético ou de construção civil, como, por exemplo, minimizar os danos causados por um novo estacionamento em uma determinada área. Não estamos mais falando do trabalho de ecologistas procurando répteis em um lago, como costumávamos nos referir a esses empregos há alguns anos.”

Radicais, não

Cartland diz que a agência procura vários tipos de profissionais, entre eles engenheiros de energia eólica, pesquisadores de biocombustíveis, advogados especializados em mudanças climáticas e ecologistas marinhos. Esses profissionais, de acordo com ele, precisam de grande experiência, treinamentos e qualificações em suas áreas.

Entretanto, Cartland adverte que os recém-formados não devem encarar estas oportunidades de emprego como uma corrida ao ouro. “Representamos empregadores que exigem experiência. Muitos recém-formados chegam hoje ao mercado com um diploma de gestão ambiental, ou um mestrado em mudanças climáticas, mas ter experiência de trabalho na área é vital. Além disto, existe uma crença de que os empregadores não querem ninguém ecológico demais. Um fundamentalista do Greenpeace dificilmente terá chances em uma grande empresa.”

Saindo um pouco da esfera de empregos de altos salários, que exigem altíssima qualificação, o termo colarinho verde normalmente descreve empregos em setores de otimização de energia ou de tecnologia “limpa” – tarefas como a instalação de turbinas eólicas, painéis solares ou o isolamento térmico de residências. Steven Proudfoot, proprietário da empresa Asset Skills, especializada em aconselhar o governo na criação de requisitos de treinamento em setores como a construção civil, diz que uma das áreas que terá maior expansão será a de gestão de ambientes internos e propriedades.

“É um dos setores com o crescimento mais rápido e maior resistência à recessão econômica na Grã-Bretanha. Edifícios precisam de manutenção, serviços e administração – serviço de copa, limpeza das janelas, jardinagem, ar-condicionado, etc. Uma legislação ambiental mais severa e a crise econômica fazem com que todos se esforcem mais para economizar energia e controlar desperdícios, e, para isto, nada melhor do que uma equipe treinada e preparada para ajudar as empresas a conseguirem isto”, diz Proudfoot.

Gazeta do Povo.

"Empregos verdes" podem conter o desemprego global, diz ONU

MILÃO (Reuters) - O plantio de árvores para mitigar a mudança climática pode criar milhões de empregos, aliviando o desemprego em massa causado pela crise financeira global, disse a ONU na terça-feira.

Em nota, a FAO (órgão da ONU para agricultura e alimentação) disse que investimentos na restauração de florestas degradadas, no plantio de novas árvores e na construção de trilhas e áreas de recreação nas matas podem gerar cerca de 10 milhões de empregos.

"O manejo florestal sustentável poderia se tornar um meio de criar milhões de empregos 'verdes', assim ajudando a reduzir a pobreza e a melhorar o meio ambiente", disse na nota Jan Heino, diretor-geral-assistente do Departamento Florestal da FAO.

A FAO citou um estudo da Organização Internacional do Trabalho segundo o qual o desemprego global deve superar 198 milhões de pessoas em 2009.

No dia 16, durante a Semana Mundial das Florestas, a FAO deve lançar em Roma um relatório sobre a situação das florestas no planeta.

(Reportagem de Svetlana Kovalyova)

Como prometido o EREAMB!